Grave dilema vive o SSP com a crise aberta na primeira escola dos Assistentes Sociais Portugueses.
Como paradoxo, quando celebra os seus setenta anos, esta instituição que se encontra no seu momento mais culminante, na construção da sua liderança na área desta disciplina ( através da sua licenciatura, mestrado, e doutoramento) por razões que escapam ao foro académico se vê confrontada com questões graves .
70 Anos significa tradição e a tradição no ensino dificilmente se compra ou vende, antes, ela se cultiva. Neste ponto esta o assunto fundamental. O ISSSL está em crise desde que lhe foi imposta ingenuamente uma liderança gris, musculada e pouco inteligente. Para quem recebeu uma escola num patamar sublime, dona de um património humano, centífico e com liquidez material, e que hoje em dia a entrega ao desbarato, precisamente a memória de uma classe profissional lhe recordará este facto.
Só basta entender que a desarticulação meticulosa, cirurgica, planificada e violenta da sua equipe ( com requintes na compulsão ) dificilmente poderá reencontrar-se no cenário imposto.
Na Cooperativa CESDET, entidade que é proprietaria, afinal quem decidiu a sorte do ISSSL e do ISSSB, que estará por acontecer, foram os seus sócios funcionários e estudantes porque uma parte significativa do seu corpo docente, sócios ou não sócios, especialmente os docentes de Serviço Social, questionaram esta possibilidade. ( veja-se documentação in observatório do
Mais, a decisão jamais teve qualquer parecer dos orgãos académicos porque nunca lhes foi facultada informação, nem lhes foi solicitada opinião. Igual acontece com a Associação de Estudantes que jamais consultou em Assembleia Geral os alunos do ISSSL. É caso para perguntar se a sorte de uma profissão ou de uma instituição de ensino universitário deve ser decidida por iniciados e por funcionários. Isto nunca aconteceria noutra profissão, por mais humilde que ela seja. Aconteceu aqui porque retrata o estado degradado da gestão desta.
Para consolo devemos pensar que nem todos os processos são irreversíveis.
B. Alfredo Henríquez C.
* do blogue www.servicosocialportugues.blogspot.com
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